desempregados: essa corja o que não quer é trabalhar!

Um desempregado, como se vê feliz da vida por não fazer népia!


Nós, aqui no Instituto, é que os topamos bem. Madraços! Vamos mostrar-lhes quem é que manda, que somos mais espertos do que eles, que a nós ninguém nos faz o ninho atrás da orelha. Calaceiros! Levam com uma ripada no subsídio de desemprego que é para ganharem juízo e não levantarem a grimpa. E digo mais: se ficaram no desemprego, por alguma coisa foi. Podricalhos! E ainda querem que seja o Estado a sustentar esta choldra. Não queriam mais nada? Onde é que já se viu? Pensam que isto é a Santa Casa ou quê? Ronceiros! Vão mas é trabalhar!

Agora a sério, muito a sério: o assalto aos portugueses que menos podem, que sofrem a crise mais do que quaisquer outros, continua. Para que conste, a notícia do Jornal de Negócios está aqui, para náusea de todos nós:

Presidente do Instituto da Segurança Social
Edmundo Martinho defende redução progressiva do valor do subsídio de desemprego
04 Abril 2011
Catarina Almeida Pereira
JORNAL DE NEGÓCIOS

O presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) afirmou hoje que a redução progressiva do valor do subsídio de desemprego "pode ser uma possibilidade".

A revisão do subsídio de desemprego está prevista no acordo com os parceiros sociais, e consta da lista de compromissos que o Governo português assumiu em Bruxelas.

Questionado sobre as alterações que considera mais adequadas, Edmundo Martinho afirmou esta manhã que a progressiva redução do valor "pode ser uma possibilidade". 

"Já existem diferenças na duração, para os mais velhos e para os que têm carreiras contributivas mais longas. O subsídio de desemprego até pode manter diferenças de acordo com as idades e as carreiras contributivas, mas não ser o mesmo valor durante todo o período de duração a que tem direito", respondeu Edmundo Martinho, em declarações aos jornalistas.

A ideia "é haver aqui alguma regressividade", mas "com excepções, nomeadamente para trabalhadores que tenham défices particulares de reentrada no mercado de trabalho".

"Esta pode ser uma possibilidade. O que não me parece de todo é que devamos mexer na capacidade de protecção do subsídio de desemprego", ou seja, nas regras de acesso a esta prestação contributiva, acrescentou o presidente do ISS. 

ISS rejeita alterações profundas ao sistema de pensões

O responsável do ISS falava à margem da conferência "As novas vestes da União Europeia", sobre as conclusões do Conselho Europeu realizado no final de Março.

Entre as conclusões está a recomendação do alinhamento da idade da reforma com a esperança média de vida, bem como maiores restrições às pensões antecipadas. 

"Do meu ponto de vista, a fazer-se alguma coisa tem que ser aperfeiçoar as eventuais imperfeições que foram sendo detectadas, não mais do que isso", afirmou.

"Esta reforma corresponde exactamente não apenas ao interesse nacional como ao interesse europeu da harmonização", afirma. 

Edmundo Martinho considerou que as conclusões do Conselho Europeu de 24 e 25 de Março são "uma desilusão", opinião partilhada por quase todos os oradores que participaram na conferência sobre a harmonização da lei laboral e das regras de Segurança Social.

"Não há uma única referência a que o sistema de pensões não é um problema financeiro. Quando os sistemas de pensões se esgotarem na sustentabilidade financeira é meio caminho andado para sempre que haja um aperto é aí que vamos cortar", afirmou.

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