podemos despedi-los, somos os patrões


Os que, por inércia, alienação, desinteresse, protesto, seja qual for a razão, não costumam votar, já pensaram que nós somos os patrões dos políticos, somos nós que lhes pagamos com os nossos impostos? 

Numa qualquer empresa, um empregado incompetente, corrupto, preguiçoso, tem um único destino, sem apelo nem agravo: o olho da rua.

Porque é que não havemos de fazer o mesmo com os nossos assalariados? Usando o voto não para os perpetuar no poder, em doentia alternância, mas para os despedir com justa causa, sem direito a indemnização.

Se não continuarmos a votar útil, a pensar no futuro próximo e na necessidade de termos um governo "forte" que resolva os nossos problemas imediatos, se tivermos a preocupação de pensar a longo prazo, se deixarmos de votar no mal menor, se os despedirmos ou pelo menos lhes infligirmos um processo disciplinar, expresso numa votação ínfima em cada um deles, os partidos até agora no círculo do poder serão obrigados, mais tarde ou mais cedo, a regenerar-se. Outros líderes surgirão, o nobre objectivo de servir o país, tão desprezado, ressurgirá.

Não adianta mudarmos de sistema: ninguém descobriu outro melhor do que a democracia. Mas podemos mudar os políticos que temos. Está nas nossas mãos. Os patrões somos nós.

Votemos. Mas não nos empregados que temos tido. Trinta e sete anos de incúria, incompetência, clientelismo, corrupção, são mais do que suficientes para nos provar que não servem. Não prestam.

Venham outros!

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