já passou pelo rossio? hoje há gente, há vida, há revolta, há reflexão!

Comentários

Anónimo disse…
A liberdade e democracia fazem-se sabendo ouvir os outros. Estou a ouvir, mas ouvem-me?
Eis o meu busílis: Estou ainda na confusão, em reflexão e a auto-analisar-me para decidir até que ponto (e de que tipo) será o meu compromisso de indignação, se caguinchas ou com preparação para maiores militâncias. Isto porque acho que a partir de agora, para participar (por exemplo o apelo do Rossio), será porque levarei a sério e com responsabilidade uma continuidade de acção e quero reprimir-me se for apenas a sedução pelo folclore ou nostalgia do meu idealismo quando jovem. A revolta e nojo estão cá. Que me revejo em parte no movimento, sim. Que me apetece berrar, lá isso apetece. Mas com consequências e mais importante, com consequência.
Nesta altura da política (nacional e em face dos recentes movimentos internacionais) é já chegada a hora de evolução desta luta social, pelo que aderir, só para fazer nº é um pouco o mesmo papel dos palermas das bandeirinhas que andam atrás dos candidatos na campanha eleitoral ou dos mentecaptos a apitar buzinas após as eleições, todos contentes, sem respeito nem luto contido pela dificuldade que aí vem (para muitos). Não acho honesto para com os outros participantes realmente comprometidos, nem sério comigo (nesta fase do meu percurso de vida,"educação" e consciencialização político-cívica) não o fazer por convicção de "luta" para uma vivência nesse universo.
E mais, receio que para muitos dos jovens levados pelo idealismo próprio da idade (que louvo), a viagem seja vaga, ou para outros um preencher do fim da época escolar, sem haver maturidade e compromisso, o que destruirá o que se almeja atingir. Acho que tudo isto não pode continuar mais a ser inocente.
Sempre me horrorizou e fugi de militâncias, de grupos ou clubes, e tenho sempre a atracção sentimental pelos mais fracos e minorias, mas consultando o intelecto de forma mais invertebrada, fico-me sempre pelas meias tigelas dos bastidores. E a minha introspecção aliada à minha supra-auto-exigência na qualidade, moralidade e honestidade dos meus actos enredam-me sempre numa luta contra o impulso, barreira esta que demasiadas vezes me imobiliza. Salva-me o facto de não me domesticar.
Para mim a partir de agora, aderir será prometer, e não sei se poderei cumprir. Não posso ser igual aos que critico.
É isto também um pouco o que tenho reflectido, no que tenho lido, visto ou vivido, e há um pouco uma "culpa" de revolucionário de sofá sem realmente me propor avançar para um "fazer" realmente. A m/indignação: charlatã ou madura? Compromisso ou folclore?
E assim me explico, mas não sei se me entendo.
As m/desculpas por abusar desta janela para expor o meu dilema, o que não interessa a ninguém. Ou será que interessa e é ouvido? SS

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