o último a saber


Por Carlos de Sá

O “desvio colossal” das contas da Madeira escondido pelo PSD regional estava, pelos vistos, no segredo dos deuses. No caso, da santíssima trindade Jardim-Cavaco-PGR. O marido, que é como quem diz o pagante contribuinte, foi, como sempre é, o último a saber.


O cidadão Aníbal, segundo a imprensa, já sabia do enorme buraco ilhéu, antes de convocar as eleições que deram a maioria à Direita. Calou-se, cometendo o crime de ocultação; estará o cidadão Aníbal acima da Lei, não vindo a ser punido pelo crime? E o representante do Ministério Público junto da secção regional madeirense do Tribunal de Contas, que também se calou perante um crime de denúncia obrigatória, também sairá impune?

Decididamente, a república das bananas estende-se já do arquipélago ao Terreiro do Paço. Cavaco junta mais uma mancha às nódoas que já lhe conhecíamos – ele, que deveria ser uma referência nacional; a Justiça, na vertente MP, carrega mais um episódio de descrédito, a somar ao imenso labéu que a cobre.

Resta aos cidadãos manifestarem a sua revolta, por todos os meios. A desobediência civil ganha todos os dias novas justificações morais.

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