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Só há acordo para regularizar finanças se Madeira aceitar, diz Jardim

O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas regionais avisou hoje que o acordo para regular as finanças da Madeira não avança sem a anuência da região, exigindo iguais condições para o tratamento da dívida.

“Vamos endireitar, regular, agora as finanças da Madeira, mas não pensem que Lisboa pode impor à Madeira uma solução sem haver acordo nosso”, afirmou Alberto João Jardim, lembrando que “a regularização das finanças implica a aceitação da Assembleia Legislativa da Madeira”.

Num comício na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, o candidato social-democrata alertou: “É isso que está na Constituição e se vierem com manobras para explorar o povo madeirense, a maioria PSD não assina nada com Lisboa”.

O responsável, líder do Executivo madeirense desde 1978, tornou a explicar a situação financeira da região: “O buraco é muito simples, roubaram-nos o dinheiro, eu não parei, foi preciso acertar tudo com empreiteiros e credores, e só se podia dar os números quando estava tudo acertado”.

Depois de reiterar que “não há nada a esconder”, Jardim afirmou que teve “a honestidade de pedir a intervenção da República antes das eleições”, acrescentando: “Não é como os Açores, que deixou [sic] para Novembro”.

O responsável adiantou que o “acerto de contas” será feito “com o Governo da República” e não com a troika.

“Eu nunca assinei nada com a troika. Não assino nada com a troika. Não vou estar aqui para aturar políticas que só pensam no défice”, declarou Alberto João Jardim, notando que os madeirenses, “como os outros portugueses”, vão “fazer sacrifícios por igual”, logo “o tratamento da dívida vai ser também igual para todos”.

“Também somos portugueses e, portanto, se o Estado português vai pagar a dívida a 30 anos, eu exijo que também a dívida da Madeira seja paga a 30 anos; se o Estado português vai pagar a dívida com os juros baixos que foram criados pelo Banco Central Europeu, então são esses mesmos juros baixos que se aplicam à Região Autónoma da Madeira”, considerou.

A este propósito, o candidato acrescentou: “Apareceu há dias aí uma fascista do CDS, que é vice-presidente da Assembleia da República, que disse que íamos pagar a nossa e a dívida deles. Para essa senhora eu faço aquele gesto do Bordalo Pinheiro”.

Às centenas de pessoas presentes no comício, o cabeça de lista do PSD apelou para uma nova maioria absoluta: “Precisamos da maioria absoluta porque temos negociações difíceis a fazer com Lisboa”, sublinhou, referindo estar em jogo “o emprego de muita gente” ou o “dinheiro para continuar a manter a Madeira a funcionar”.

Por fim, lembrou: “Demonstrei-vos sempre que sabia negociar com Lisboa. Melhor ainda que agora é o meu partido, o nosso partido, que está no Governo em Lisboa. Dêem-me força, que eu vou negociar e não quero saber da troika para nada”.

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