monsieur de pompadour


Adoraria ter sido o rei Sol. Mas, coitado, o mais que consegue é ser o verdugo de todo um povo. Povo que, ao que parece, gosta. De porrada e de pobreza. Em apagada e vil tristeza. Porque continua a aceitar, paulatinamente, todos os abusos e roubos, todos os insultos, toda a sobranceria de um homenzinho que se julga o salvador, o desejado. Um homenzinho muito pequeno, muito inexperiente da vida, que nunca trabalhou o que se chama trabalhar, que nunca comeu o pão que o diabo amassou, que sempre se encostou à sombra de um partido e dos seus padrinhos, à sombra de uma bananeira de frutos obscenamente gordos. Um homenzinho que nos pretende dar lições de moral e de civismo. Que nos chama madraços e piegas. Que nos quer empobrecer para favorecer os seus amos. Servil mordomo. Criado para todo o serviço. Valet de chambre da senhora Merkel e dos senhores que detêm, nas suas mãos, o grande capital. As nossas vidas.

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