próximo!

Por João Rodrigues

Juros disparam em leilão em Itália. Mário Monti já começou implicitamente a dizer que não é a Espanha. Sinal de que se aproxima mais um “resgate” de quem é grande demais para a frágil e tóxica rede criada para apanhar uma crise que seria da responsabilidade de pequenos países mal comportados. O ordoliberal Monti garante que os bancos são mais robustos e a taxa de desemprego é mais baixa. Do que em Espanha, depreende-se. Isto é tudo muito dinâmico, claro. De resto, é sabido que a Itália, juntamente com Portugal e o Haiti, foi o país que menos cresceu a nível mundial na primeira década do milénio, sofrendo com um euro que não foi feito para servir as necessidades da sua economia e com o facto de não ter conseguido arranjar eufóricas bolhas para disfarçar este facto, tal qual Portugal, e ao contrário de uma Espanha com produtividade estagnada, mas com pujante acumulação extensiva de betão. Seja como for, a crise, a austeridade e a total ausência de instrumentos de política para debelar os desequilíbrios criados garantem o mesmo destino. Pena é que governos subalternos não tenham tido a capacidade de extrair as conclusões políticas deste facto há pelo menos dois anos atrás. Um a um, os PIIGS vão sendo postos em cima da mesa...

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