vendidos!


Meus amigos, agora sim, é mais do que oficial: fomos vendidos pelos bandidos que tomaram conta desta pátria secular. E não me refiro a empresas, agora somos nós mesmos a mercadoria, o rebotalho a vender a quem der mais, é barato, é barato, se comprar mil leva dez milhões e, se responder até Novembro, ainda recebe grátis uns hospitais, umas escolas dantes públicas, uns dinheiritos fanados às reformas dos portugueses. É comprar, meus senhores, é comprar. A ocasião faz o ladrão e há ocasiões que se devem aproveitar!

Por estupidez ou para se armar ao pingarelho, para se fazer ver no meio da sua maralha, o pequenote Mendes, Marques Mendes, o galarote comentador, veio desvendar a monumental conspiração engendrada por Passos e os seus sequazes: afinal a refundação, agora anunciada como um projecto, uma possibilidade, é um facto tão real, mas tão real que já cá estão os senhores do FMI que nos vão tratar da saúde, da educação, das pensões e tudo o mais que nos puderem extorquir sem dó nem piedade. A coisa já andava a ser preparada nas nossas costas há muito. Se se atrasou o anúncio do assalto, vamos ser benevolentes, é porque os conselheiros de Passos demoraram a lobrigar o nome com  que haveriam de baptizar o crime. Agora já há: refundação. Refunda-se tudo, refunda-se a saúde, a educação, a velhice, refunda-se a pobreza, o trabalho escravo, os portugueses baratos, esses seres calaceiros e trapalhões, tão mansos e tão dados à nostalgia, ao sofrimento, sempre calados, sem resistir, sem um pio nem um protesto.

Marques Mendes foi mais longe, adiantou números, organismos a mexer, centros de saúde (sim, meus amigos, centros de saúde!) a privatizar.

Vamos ficar quietos e calados? Será que o PS se vai mexer? E os militares? E os sindicatos? E os movimentos, plataformas, associações? 

Espero que todos os partidos da oposição, todos sem excepção até mesmo o PS, e todos os membros da sociedade, com ou sem partido, saibam defrontar com honra e coragem esta ameaça gigantesca e esta gente sem nome nem Pátria.

Passos quer guerra. Vai tê-la.

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