o segredo é a alma dos cobardes


O governo só revelará os cortes que vai fazer - ou, se se quiser ser cínico, a reforma do Estado - depois das eleições autárquicas. Bruxo! Coelho e afins não querem perder eleições. Não gostam de perder nem a feijões. Para as legislativas, Coelho mentiu com quantos dentes tinha na boca, e a gente sabe como a cremalheira lhe vai branca e sadia. Para as autárquicas, esconde. Não diz onde nos vai lixar, estropiar, gamar os parcos proventos que ainda restam a grande parte dos portugueses. Não diz que vamos ter ainda menos Saúde, menos Educação, menos amparo no desemprego e na velhice. Porque é aí e só aí que se vai reformar o Estado, mandá-lo para o galheiro, esfrangalhá-lo de vez, pô-lo de pantanas, fodê-lo. 

Os cavalheiros da alta - mais os da baixa política - por aí andarão de rabo alçado, no Estado "reformado", nas empresas públicas depenadas, nas empresas privadas que contratam senhores "estadistas" para que o Estado não lhes fuja, nos escritórios dos advogados que emitem pareceres para o Estado a milhares de euros por página, nos partidos do logro e do engodo, da grande farsa a que dão o pomposo nome de democracia.

Os grandes proxenetas da Nação por aí andarão entre segredos e mentiras, enriquecimentos e jogatanas. Nós, os da arraia-miúda, os parolos, os palermas, pagaremos como sempre a factura. 

É assim que queremos. Votando neles.

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