o bode astuto?

Portas tem dado um forte contributo para alimentar o anedotário nacional. Desde a saída irrevogável. Pensando melhor, desde antes, desde muito antes, quando disse que não se metia na política para, afinal, se vir a meter e da pior maneira. Hoje, deu passos de gigante para firmar a sua reputação de bufão da corte. Então não é que os cortes nas pensões de sobrevivência não são mais do que, soletre para acreditar, "condições de recurso".

Desde a requalificação dos funcionários públicos, vulgo despedimentos, que não via tanto engenho no uso da língua portuguesa.

Parece que quem disse, incluindo eu, que Portas era o mais arguto dos políticos portugueses, tem que meter a viola no saco.

O homem é apanhado em mentiras mais depressa do que se apanha um cágado a desovar na praia. E, estou em crer, foi de uma inocência a toda a prova. O Coelho comeu-lhe as papas na cabeça. As culpas cabem agora por inteiro a Portas e às suas negociações com os estarolas da estranja. Mal se fala do Passos, mal se fala do Moedas, mal se fala da Albuquerque. Veja-se o número de vezes que, nos últimos dias, tenho aqui dado porrada no Portas. Ele é agora o bombo-da-festa, a ovelha ronhosa, o bode expiatório.

Não tenho pena. Mas não me esqueço nem do Passos, nem da Albuquerque, nem do Moedas da Troika.

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