quem não deve, não treme


Que dizer de um presidente que mais não é do que uma mera correia de transmissão do governo? Às vezes, só às vezes, e parece-me que só quando essas vezes lhe tocam directamente na carteira, mostra sinais tímidos de rebelião, logo abafados por outros ditos e dichotes que mostram de que lado está, da economia que mata. 

A razão por que os portugueses o elegeram duas vezes primeiro-ministro e duas vezes presidente da República é um mistério que, para mim, permanece insolúvel. Não tem carisma, não tem figura de estadista, não tem pulso, não tem ponta por onde se lhe pegue. É um mal que arrastamos connosco há demasiados anos. 

Desacreditado, desautorizado, desmoralizado, abandonará a presidência sem que lhe tenhamos conhecido uma palavra, um gesto, uma iniciativa que honre a sua passagem por Belém.

Faz-nos passar as passas do Algarve. Que volte para Boliqueime e que por lá fique a gozar as pensões que não lhe chegam. Não deixará boas recordações de um tempo em que mais precisávamos de um líder isento, lúcido, forte. Um presidente. O lugar está vago. A cadeira, por ocupar.

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