encontro de irmãos

Hugo Correia/Reuters/http://www.jn.pt/
Qual soba ajoelhado perante o amo colonizador, o nosso venerando presidente acolheu por cá o da Alemanha. Entre salamaleques, vénias e genuflexões - esquecendo-se, talvez, que quem ajoelha tem sempre que rezar -, lá foi lambendo as botas do compatriota de Merkel, lá foi dizendo, entre outras pepitas de ouro velho, que Portugal aprendeu a lição dos últimos anos, ou seja, que a menina-dos-cinco-olhos com que a Alemanha, entre outros, nos tem flagelado, tem produzido resultados, feridos no nosso orgulho, e na nossa bolsa, não voltaremos, nunca mais!, a viver acima das nossas possibilidades. Também ficámos a saber que, sempre que o sistema financeiro colapsar, lá estaremos na linha da frente, com os nossos ordenados, as nossas pensões, os nossos impostos, prontos a compensar as barracadas dos banqueiros e dos seus sucedâneos bolsistas. Também aprendemos que devemos ter cuidado com a cruz que fazemos nos nossos boletins de voto, de vez em quando temos uma reacção vagal que coloca, no poleiro e nunca no pelourinho, quem - definitivamente - não merece.

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