desistam, coelho e costa!

Doutor Coelho, tem a certeza absoluta, absolutíssima, de que se quer sujeitar ao sacrifício de continuar a governar este país? Pense bem, pense muitas vezes. O doutor tem envelhecido a olhos vistos, está acabado, esmaecido, peles flácidas, papos salientes, lentes mais grossas, cabelo mais ralo à conta de ralações, afrontamentos, e tudo isto para quê? Para ganhar a repulsa de milhões de portugueses, para ser acolhido com apupos onde quer que vá, para que lhe chamem gatuno e aldrabão com todas as letras e outras letras mais se as regras de vocabulário e de educação assim o permitissem? E tudo isto para quê, repito? Para garantir as alvíssaras futuras num lugarzinho ao Sol da Califórnia ou entre as brumas da Baviera, regalado e bem pago? Acha que vale a pena, que se justifica, que compensa os anos perdidos, as canseiras, as maroteiras?

E agora vamos a si, doutor Costa: eu sei que o senhor não promete, mas dá a entender que consigo as coisas vão ser diferentes. Mas vão mesmo? Conseguirá afrontar Merkel e defrontar Lagarde? Conseguirá modificar o tratante e moinante do seu amigo Hollande? Tê-los-á no sítio para, sem aliados como acontece agora aos gregos, mudar o rumo do País e, se não lhe for pedir muito, dar um empurrão à Europa que bem precisada está? Ou representará antes mais uma frustração para os portugueses, tão cansados que andam de promessas não cumpridas, de espoliação, de perseguição por parte de um Estado ganancioso, pouco generoso, pouco honroso também?

Porque não deixam governar, de uma vez por todas, quem quer de facto mudar Portugal, para melhor e não para o empobrecer preservando a coutada dos ricos e dos seus penicos, os sabujos e os acéfalos, que aqui vêm caçar mão-de-obra barata e carne para exportação?

Eu sei, eu sei que os senhores dirão estar tudo nas mãos do povo, não nas vossas. Desminto-os: é a vocês que cabe a nobre tarefa de não influenciar o voto de cada um com o enviesamento da verdade e a propaganda gratuita nos órgãos de comunicação social, onde jornalistas e fazedores de opinião fazem pela vidinha albardando os burros, nós, à vontade dos seus amos e senhores, os senhores doutores Coelho e Costa.

Muito agradecido.

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