o insaciável apetite de frau merkel










Dizem os jornais: a Grécia está disposta a congelar as medidas anti-austeridade para conseguir um acordo. As pressões, as chantagens parece que vão dar resultado. Uma Europa unida e solidária, como nunca esteve até hoje, contra os gregos, contra a dignidade dos gregos, contra a vida dos gregos, contra a soberania dos gregos. A Europa vive em ditadura. E já não é só a dos mercados. É a ditadura ditada por Merkel e pelo seu sinistro ministro das Finanças. A Alemanha conseguiu, 70 anos após ter perdido a guerra, o que não tinha alcançado pela força das armas e à custa de milhões de mortos: dominar a Europa. Ai do Syriza, ai do Podemos, ai do povo que ouse contrariar a ordem estabelecida, enfrentar a austeridade, questionar a autoridade do grande povo alemão, esse mesmo, o que elegeu, aplaudiu e idolatrou Hitler e os seus monstros, os seus campos de extermínio, os seus fornos crematórios, as suas valas comuns.

A Merkel o que é de Merkel: uma Europa de joelhos, de bruços, de rojo pelo chão, de espinhela caída de tanto vergar a cerviz. Uma Europa de guetos, o de Portugal, o da Grécia, dos povos trigueiros, preguiçosos, traiçoeiros, trapaceiros, que urge destratar com o desprezo que merecem. A Europa de Hollande, Rajoy, Coelho, Barroso, Juncker, meros bonifrates nas mãos de carrniceiros.

E os povos, medrosos, irão fazer-lhes a vontade. O Syriza cairá mais cedo ou mais tarde. Os partidos alternativa ao alterne serão rechaçados. As pensões, já se anuncia, continuarão a descer até à inexistência. Os salários continuarão a reduzir até à indigência. A Saúde e Educação públicas serão destruídas. Os ricos aumentarão a riqueza, a classe média desaparecerá, os pobres multiplicar-se-ão. O primeiro mundo atingirá a "qualidade" de vida do terceiro mundo, o sonho dos senhores do universo enfim tornado realidade..

Foi aqui que chegámos, em pleno século XXI, séculos depois da Revolução Francesa, cujos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade estão seriamente comprometidos.

Vencidos?

Ou nós ou Merkel. Ou nós ou Coelho. Ou nós ou os fantoches, os capatazes, os algozes.

Comentários

ESTÁTUA DE SAL disse…
Não posso estar mais de acordo consigo, Manuel Cruz. Ao menos vamos escrevendo para que se saiba o que está em andamento.
Anónimo disse…
Tudo isto é assustador.E o os povos vergados e humilhados, cada vez mais...Perdemos tudo, até a dignidade.

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