tanta esperança assassinada

Para onde vão ser hoje as deslocações dos manos PP, Pedro e Paulo, Portas e Passos, PPD e PP de mãos dadas e aos beijinhos? Que chafariz, que chafarica vão inaugurar? Que obra obrada a preceito e que, agora, dá tanto jeito? Que atalho? Que talho? Que carvalho? Que mangalho entroncado no Entroncamento? Que penico e por aqui me fico? Que novidades das boas e das maravilhosas surgirão hoje na imprensa, agora que tudo são rosas? Quantos emigrantes voltaram? Quantos empregos se criaram? Quantas fábricas fabricaram, escritórios escrituraram, vendas venderam, bancos bancaram, comensais abancaram no banquete das privatizações?

E quantos mitos se vão invocar, mentiras negar, promessas jurar? Quantos jornalistas os perseguirão servis, febris, as câmaras apontadas, os microfones em riste? Ris-te? Tu ris-te? Mas como, se tudo isto é triste, se tudo isto é fado, fardo por demais pesado para os nossos ombros porque o que vemos são escombros, restos de um bacanal de sátiros, uma herança de esfomeados, maltratados, desempregados, enquanto os manos se vangloriam de tanta maleita curada, tanta esperança assassinada, tanta obra feita, tanto nada?

Vamos fazer-lhes a desfeita.
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