a morte ficava-lhe a matar



Juro. Juro pelas alminhas dos que já lá estão, pela minha rica saúde, pelos santos e arcanjos dos céus e dos infernos: nunca desejei a morte de ninguém. Nem sequer, vejam como sou um paz d'alma, as do pecaminoso Coelho ou do conventual Silva. Sou pacífico, pacifista, tenho um coração de manteiga, uma costela de Mahatma Ghandi, um sonho à Luther King. Mas agora, sim!, quero. Porque é ele que estica o rechonchudo pernilaço ou é o mundo inteiro que se esvai num mar de sangue e de horror. É ele, o vendilhão, o intrujão, o rufião da Quinta Avenida, ou nós. Sei que não é cristão o que peço, que será condenado pelos que, agora mesmo, rogam pela morte de Soares e, não há muito, se regozijaram com a de Fidel. Sei que estes instintos maléficos que me assaltam a moleirinha podem dar azo a penas, e não serão tão leves como as de um abutre. Mas, sim!, quero, repito até que a voz de doa e à fé de quem sou. Se, no país dele, há tantos malucos à solta, que atiram a matar por dá cá aquela palha, porque não aparece um doido varrido - que digo eu?, um herói, um herói é que é! - para varrê-lo desta para melhor, para o aterro onde se atulha o lixo da História? O mundo também ficava melhor.

Comentários

Anónimo disse…
Ficava mesmo muito melhor! Pode ser que lhe dê algum ataque cardíaco ou que alguém lhe acerte a matar...Com semelhante maluco no poder isto vai correr muito mal.

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