américa contra mundum


Hoje, a América esteve a uma só cor. Branquinha como a neve, a cal das paredes, a espuma de mares de piratas. Os meninos e meninas dos coros, os senhores das bandas, os convivas ilustres e os mirones, todos, quase todos branquelas que no melhor pano cai a nódoa. Na América não há negros. Nem asiáticos. Nem latinos. Nem sequer europeus, esse continente de segunda. A América lavou mais branco. E Trump falou mais claro: o mundo andou a roubá-los, chegou a hora de pagarem a factura. Vai-nos mandar uma invoice. E o planeta inteiro, do Afeganistão ao Zimbabué, borrou-se de miúfa perante tanta afoiteza, tanta singeleza moral, tanta esperteza. No meio deste filme de terror semi-pornográfico, e isto nem sequer é piada machista para a primeiríssima dama de azul cueca vestida, salvaram-se os manifestantes que, um pouco por todo o great country, gritaram que o presidente-rei vai nu. Não há parra nem porra que lhe esconda a insanidade. Um idiota chegou à Casa Branca. Branca como o povoléu exultante num dia de glória. Aberrações de todo o mundo, uni-vos. Por Trump, com Trump, para Trump.

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