é dos tontos que reza a história


Lembro-me de algumas almas caridosas, daquelas que peroram amiúde pelas televisões com o elevado intuito de educar as plebes, terem dito que não, que Nigel Farage não se podia considerar de extrema-direita. Que dizer então do seu namoro com Trump? Ainda este não tinha tomado posse, para remissão de todos os pecados do mundo, já Nigel o visitava no seu castelo espalhafatosamente dourado da Quinta Avenida. Trump, por sua vez, recomendou o fiel companheiro para comentador da Fox News, que amor com amor se paga e os amigos são para as ocasiões. Farage saiu da mesma fornada de Trump e de Le Pen. E, minhas senhoras e meus senhores, a realidade é só uma e é aterradora, a extrema-direita está a assenhorear-se do mundo. Num balanço (nem pouco mais ou menos exaustivo), os Estados Unidos, a Rússia, a Polónia, a Hungria, a Turquia, as Filipinas já se passaram para o lado de lá, para o negrume fascista, sem contar com outras pequenas e grandes ditaduras de diferentes matizes e outras (ainda) democracias colaborantes e agradadas com a eleição de Trump. Diz-se agora que Putin está a dar uma ajudinha para que a Holanda, a França e outros se cheguem a eles. Tal como deu a Trump uma mãozinha, nada leve. Trump que, mais uma vez agradecido, embevecido com Putin, levantou ontem parte das sanções impostas à Rússia por Obama. Rezemos se formos religiosos. Resistamos se formos capazes.

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